Julgamento 2005 - Parte 8


PARTE 8.

12/05/04 - ANUNCIADOS POSSÍVEIS CO-CONSPIRADORES - O repórter da rede americana NBC, Mike Taibbi, responsável por diversos "furos" acerca do processo atual contra Michael Jackson, afirmou há pouco que suas fontes na equipe de defesa do cantor confirmaram com exclusividade os nomes citados no indiciamento de Jackson como seus co-conspiradores. Seriam eles: Frank Tyson, uma espécie de assistente pessoal do astro e seu amigo íntimo desde a infância; Vinny Amen, empregado da MJJProduction e também amigo de Jackson; Marc Shaffel, outro amigo do Rei do Pop e produtor responsável pelo documentário resposta ao programa de Martin Bashir; Dieter Wiener, empresário de Jackson; Ronald Konitzer, sócio de Wiener que também trabalhou com o cantor.

Segundo Taibbi, Konitzer aconselhou Jackson a contratar o advogado Mark Geragos, quando percebeu o alvoroço em torno do documentário Living With Michael Jackson. O repórter afirma ter entrado em contato com todos os citados, exceto Wiener, que está em seu país natal, a Alemanha. Todos os contatados negaram qualquer conduta inapropriada e seus advogados afirmam não haver qualquer fundamento para um indiciamento contra seus clientes.

Embora, segundo Taibbi, esses nomes tenham sido citados no indiciamento de Michael Jackson, não há ainda uma acusação formal contra eles e é possível que nunca haja.
por Andréa Faggion
fonte: NBC; MJJForum



15/05/04 - O QUE OS PROMOTORES DO CASO JACKSON NÃO QUEREM QUE VOCÊ SAIBA? - Esta foi uma das manchetes de ontem na rede americana de notícias FoxNews. A razão para tanto é que a promotoria do caso Jackson está enfrentando na Corte de Apelações da Califórnia tanto o advogado da mídia quanto os advogados de Michael Jackson que querem o fim da mordaça no caso. A promotoria pede para que a proibição de que as partes se pronunciem publicamente seja mantida, alegando que um potencial júri poderia ser influenciado pela discussão do caso na mídia. "O que é noticiado como 'fato' torna-se o núcleo de especulação intensa, conjecturas e discussão entre comentadores, particularmente, nos tablóides e na audiência para a qual eles apelam." Dizem os promotores Tom Sneddon e Gerald Franklin.

Os promotores reconhecem que, a princípio, requisitaram a ordem de mordaça para conter o que eles chamam de "entusiasmo prejudicial" do ex-advogado de Jackson, Mark Geragos. Agora, sustentam que a ordem tem tido sucesso em manter os fatos sob sigilo e fazer com que os jurados só tenham acesso a eles na Corte, de modo que então possam julgar se Jackson é culpado ou inocente.

O advogado da mídia, Theodore Boutrous, que classificou a atitude dos promotores como "extraordinária" e "extrema", disse que a ordem viola o direito à liberdade de expressão, garantido pela constituição americana em sua primeira emenda: "A noção de que a informação ao público deveria ser limitada nos casos em que o interesse público é mais alto ofende os valores da primeira emenda".
É interessante notar que a promotoria foi a primeira a chamar a atenção do público para o caso, ao executar a busca no rancho de Michael Jackson acompanhada da mídia e oferecer, logo depois, uma mega conferência de imprensa em que se referiu a Michael Jackson como um criminoso. Não satisfeito Tom Sneddon ofereceu também uma entrevista exclusiva à repórter Diane Dimond logo na seqüência. Só então os advogados de Michael Jackson passaram a conceder também entrevistas sobre o caso, o que motivou o pedido da promotoria para que os envolvidos não pudessem mais se manifestar. Desde então, tem havido várias especulações na mídia em torno do caso para as quais a defesa de Michael Jackson está impedida de prestar esclarecimentos.
por Andréa Faggion
fonte: FoxNews; AP; KOP Board; MJJForum

15/05/04 - O QUE A DEFESA TAMBÉM NÃO QUER QUE VOCÊ SAIBA? - A FoxNews perguntava ontem o que a promotoria tem a esconder no caso Jackson para se opor a um pedido do advogado da mídia e da defesa de Michael Jackson para que a proibição de um debate público dos envolvidos no processo fosse derrubada. Com a divulgação de documentação oficial registrada ontem pela defesa, a pergunta deveria se dirigir também ao advogado de Michael Jackson, Thomas Mesereau. O novo advogado retirou todas as objeções que seu antecessor, Mark Geragos, havia feito contra a ordem de mordaça.

O advogado da mídia, Theodore Boutrous, argumenta que "eliminar a mordaça asseguraria que informações mais acuradas fossem disseminadas e reduziria o volume de rumores, especulações e fofocas". Certamente, dados esses rumores constantes espalhados sobre o caso, um potencial júri já teria sido influenciado e parece ser do interesse da defesa poder responder às especulações e esclarecer o caso. Nesse sentido, Boutrous ataca a promotoria: "O promotor gostaria de poder registrar acusações sérias contra cidadãos sem ser importunado pelo escrutínio público, mas nosso sistema democrático simplesmente não opera deste modo".

Mesereau não explicou sua decisão por se alinhar com o promotor, se limitando a informar que retirava a moção registrada por Geragos contra a ordem da mordaça, mas uma explicação plausível para sua atitude pode ser encontrada na diferença de métodos entre os dois advogados. Mark Geragos é um advogado que gosta de defender seus clientes publicamente, com entrevistas enfáticas e inteligentes, que costumam ter grande repercussão, ao passo que Mesereau, também habituado a defender celebridades, se limita à atuação nos tribunais e foge ao contato com a mídia. Sem Geragos na equipe, não parece mesmo ser uma grande vantagem para a defesa ver a proibição de uma discussão pública do caso cair por terra.
por Andréa Faggion
fonte: AP; MJJForum

19/05/04 - ADVOGADO AFIRMA QUE NÃO DEIXAM GAROTO VER O PAI PARA QUE A FARSA NÃO SEJA DESCOBERTA - A guerra em torno do direito paterno a visitas ao garoto que acusa Michael Jackson de abuso sexual e a seus irmãos prossegue. Segundo H. Russel Halpern, advogado do pai do garoto, mãe, que costuma ser descrita como oportunista e manipuladora por pessoas que tiveram contato com ela, não quer que o pai veja especificamente os meninos por temer que eles digam ao pai que toda a história em relação a Jackson foi fabricada. O casal em disputa teve três filhos, dois garotos e uma menina, e apenas os garotos estão envolvidos no processo, o mais velho como a suposta vítima e o mais novo como uma suposta testemunha dos atos.

Halpern sustenta que declarações da mãe à Corte demonstram sua falta de credibilidade. Em um processo contra a loja J. C. Penney em que a família requeria uma indenização por supostas agressões físicas, ela descreveu o ex-marido como "um homem maravilhoso". Hoje, ela se refere ao mesmo homem como um pai que espancava os filhos e chegou a matar o cachorro de estimação da família. Halpern luta para que o sigilo em torno dos depoimentos da mãe nos casos legais anteriores seja quebrado e alega que Larry Feldman tem trabalhado para manter os papéis ocultos. Feldman é o advogado responsável pelo acordo milionário entre Jackson e a família Chandler nos anos 90 que trouxe à tona as novas acusações contra Michael Jackson, dez anos depois. O advogado responsável pelos casos em questão envolvendo a mãe do garoto, Tom Rothstein, nega o envolvimento de Feldman no assunto.
por Andréa Faggion
fonte: FoxNews; MJJForum

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